Querência minha velha querência,
tu que me viste crescer,
piazito, pés descalços
já na lida ao amanhecer.
Querência minha velha querência,
tu que me viste crescer,
nos altos e baixos da vida,
o amor por esta lida,
viste em mim fortalecer.
Pelas mãos de meu velho pai,
viste amada querência,
eu aprender mais este legado.
Hoje pro meu filho faço igual,
desde a doma do bagual,
até o braseiro no chão,
tudo num ritual de tradição.
Pois quem nasce neste pago,
carrega forte no peito,
o amor por esta querência
que há de servir de berço,
até o final da existência.
[ Vera Lucia Soares Feijó ]
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